Carolina Machado Oliveira é reconhecida documentarista no âmbito da produção audiovisual com enfoque em comunidades indígenas na América Latina e no Brasil.
Brasileira residente no Reino Unido, Carolina Machado Oliveira é professora na Universidade de Bournemouth, onde leciona Produção Factual. Atua, ainda, como documentarista, pesquisadora e produtora de projetos documentais e multimídias, voltados para a preservação cultural, direitos humanos e justiça climática.
Sua pesquisa investiga interseções entre mídia e cultura por meio de narrativas autoetnografias, oferecendo um olhar mais abrangente e interpessoal sobre diversas culturas. Aborda, inclusive, aspectos do cinema indígena, contribuindo para a visibilidade dessa expressão artística e identitária.
Atualmente é editora do Journal Of Media Rights, periódico acadêmico internacional que dedica suas publicações a debates críticos, a promover epistemologias e justiça global.
Com mais de 15 anos de experiência nessas áreas, além de colaborar com organizações voltadas à justiça socioambiental, Carolina também atuou como produtora da MTV e da Red Bull Media House.
Na mesa redonda do dia 21/08, Carolina compartilhará sua experiência com comunidades indígenas na produção de narrativas audiovisuais voltadas à preservação cultural e à denúncia de ameaças socioambientais. Abordará como a educomunicação pode ser uma ponte entre saberes tradicionais e o engajamento internacional, a partir de uma perspectiva decolonial e intercultural.
No dia 22/08, na mesa “Educomunicação Indígena e Comunicação Indígena”, destacará os desafios e potencialidades do fortalecimento de redes de comunicadores indígenas em escala transnacional. Com base em sua atuação no Reino Unido, discutirá estratégias para dar visibilidade internacional às produções indígenas, respeitando suas epistemologias e modos próprios de comunicação, com ênfase na ética da representação e na mediação cultural.
Na roda de conversa do dia 23/08, intitulada “Cinema Indígena”, Carolina atuará como debatedora, trazendo reflexões sobre o papel dos circuitos internacionais de cinema na legitimação e circulação do cinema indígena contemporâneo. A partir de sua experiência como curadora e pesquisadora, ela contribuirá com provocações sobre autoria, impacto político e construção de públicos fora do Brasil.
Texto | Renata Alves
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